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A Roça e o Kahb produção da farinha de mandioca no Oiapoque_pesquisadores indígenas do Oiapoque_pag.2jpgBaixar
Metadados
Número do Registro
iepe_2011_iepe_mk_areok_prensa_p_2
Autor
Qualificação do Autor
Tipo documental
Bibliográfico | Bibliográfico > Patrimônio e Cultura > Catálogos, folders, cartazes e guias | Bibliográfico > Patrimônio e Cultura
Data
2011
Notas sobre o autor.
Lux Boelitz Vidal
Nascida em 1930, em Berlim, Alemanha, Lux Boelitz Vidal cresceu como uma cidadã do mundo, morou na Espanha, França e Estados Unidos antes de criar raízes no Brasil, em 1960. Formada em antropologia, literatura e teatro pela Universidade Sarah Lawrence, Lux mudou-se para o Brasil inicialmente para acompanhar o marido, e começou a carreira de docente no Liceu Pasteur, como professora de inglês e francês.
Com o início da ditadura civil-militar no país, ela retomou os estudos em Antropologia, ingressando na Universidade de São Paulo (USP) como mestranda. É em 1968 que Lux inicia as pesquisas entre povos indígenas, com o trabalho etnográfico com o povo Xikrin do Cateté, no sudoeste do Pará. E logo, passou a lecionar no Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo.
“A minha geração passou por uma trajetória marcada pela chamada antropologia à brasileira, que juntava trabalho acadêmico e prática”, recorda Lux durante um encontro com toda a equipe do Iepé em 8 de setembro. Os encontros, chamados Jornada Indigenista, são parte das comemorações de 20 anos do Instituto e irão receber pessoas chave na história da organização.
Em 1979 é criada a Comissão Pró-Índio de São Paulo (CPI-SP), formada por juristas, médicos, antropólogos, pesquisadores e entusiastas do indigenismo. “A comissão surgiu na sala da minha casa”, conta. Lux faz parte do Conselho da CPI-SP até hoje.
Quase três décadas depois, Lux conheceu a região do Oiapoque (AP), lugar onde, anos mais tarde, seu trabalho se cruzaria com o do Instituto Iepé. “Eu fui para o Oiapoque a convite do Dionísio Karipuna, que conheci através do Dr. João Paulo Vieira. Ele me convidou e eu fui com mais uma aluna. Eu não sabia para onde eu ia, não tinha feito contato prévio com a FUNAI, estava indo apenas a convite do Dionísio. Quando chegamos na aldeia, eles falaram ‘aqui nós não temos nada. Vai para os Palikur que lá tem índio de verdade’. Então decidi que seria ali [com os Karipuna] que ficaríamos e armaríamos a barraca. Se eu tivesse mesmo ido, talvez pensasse que ali não tinha nada mesmo”, diz ela, recordando o início do trabalho no extremo norte do Amapá.
Bibliografia (ABNT)
A roça e o kahbe produção de farinha de mandioca no Oiapoque: pesquisadores indígenas do Oiapoque. Coord. Lux Vidal. São Paulo: IEPE, 2011. Folder.
Referências do item
prensa_p_2_iepe_2011_iepe_mk_areok_prensa
Descrição
Oficina de formação de pesquisadores indígenas no Oiapoque é uma publicação sobre oficinas ocorridas ao longo do ano de 2010 e 2011, como parte das atividades do Pontão Arte e Vida dos Povos Indígenas do Amapá e norte do Pará, financiado pelo Iphan/MinC, o Iepé promoveu um conjunto de oficinas sobre a temática da produção e comercialização da farinha de mandioca. Essas oficinas contaram com a participação de representantes indígenas de diferentes aldeias e povos da região do Oiapoque, incluindo agricultores e funcionários do Museu Kuahi, pesquisadores responsáveis pelo registro dos conhecimentos tradicionais, pela organização dos dados,
redação e digitação dos textos, além da produção de desenhos e álbum de fotografias.
